quinta-feira, 9 de abril de 2009

EU, MANEQUIM


Se as jóias que ficam em meu pescoço, combinando com as roupas em meu corpo, fossem caras; ai, se as roupas em meu corpo fossem mesmo boas e tão bonitas como dizem as modas; se as modas fossem belas adornariam a eternidade em mim; ai, se a eternidade em mim fosse como os jovens: loucos - a eternidade seria trivial; se os jovens loucos percebessem tantas roupas que visto, desnecessárias, sobretudo, eles iriam filosofar: a vergonha e a desvergonha da nudez - se a filosofia entrasse neles, como num ato sexual entre o homem e a mulher, nus, é claro; e como as justas roupas caras que afogam o meu delínio corpo, os jovens não seriam boizificados e, tampouco, eu seria uma prostituta de vitrine.

















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