quinta-feira, 9 de abril de 2009

COMO UMA ORQUÍDEA PERDIDA

Foi meu, o tempo todo, o teu corpo branco,
Em noites, mesmo poucas, acalouradas.
Em meu leito, entrelacei-me em teu corpo brando,
Amando-te, mesmo dormindo, deitado ao teu lado.
Já te vi, assim, nuinha,
Amada e sendo mais que menina.
Te vi sorrindo, para mim, em dias... -
E neles fui feliz; ser feliz na vida...
Já te vi lavar-se inteira,
Debaixo d’água, fria, fria...
Te vi também sorrir tão meiga, após TU notar a água estar igual fogueira,
(E CAIR SOBRE TI).
Eu já te disse como tu és linda,
E tua pele cheira qual jasmim?,
(QUANDO TU SOBRE MIM???)
Eu já te disse que tu és tão menina,
E que TE AMO MESMO, mesmo ASSIM?

EU, MANEQUIM


Se as jóias que ficam em meu pescoço, combinando com as roupas em meu corpo, fossem caras; ai, se as roupas em meu corpo fossem mesmo boas e tão bonitas como dizem as modas; se as modas fossem belas adornariam a eternidade em mim; ai, se a eternidade em mim fosse como os jovens: loucos - a eternidade seria trivial; se os jovens loucos percebessem tantas roupas que visto, desnecessárias, sobretudo, eles iriam filosofar: a vergonha e a desvergonha da nudez - se a filosofia entrasse neles, como num ato sexual entre o homem e a mulher, nus, é claro; e como as justas roupas caras que afogam o meu delínio corpo, os jovens não seriam boizificados e, tampouco, eu seria uma prostituta de vitrine.

















ELA ACHA QUE NÃO PENSO...




Branquinha, ai, que delícia!
Gestante, sobretudo, de mim; putz grila: mimada, bonita – então nada é um fim.
Pensa ela que me desapercebo. Mas, enganada, inquiri-me meninices.
Então me compreender é mesmo difícil – e me conta ela criancices...
Ela é ele; ele dentro dela: chuta, bate, reclama, chama: papai, mamãe – então bebo, alegro-me e me derreto, embora me entristeço: faltam tantos meses.