quinta-feira, 12 de março de 2009

CORAÇÃO VIBRANTE


Pois no meu peito o coração vibrante
Pula déspota sem amar um só instante
O amor néscio que cresce como joio.
E em mim vibram demasiadas emoções
Das sãs paixões que hoje se dispersam
E do amor que muito me apraz.
Sinto-me já tão esfalfado pelo tempo,
A tirar d’Febo o doirado encanto
E nos campos oscular a flor d’ourora.
Flor que senti tão bem beijar os lábios meus
Outrora, quando bem sabia ser um moço
Ressoando versadas as canções d’amor!
E já não me sinto tão bem aqui sozinho,
Sem a fina flor que afirmei-me amar,
Sem ao menos dizer: como é lindo viver!

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